ND do Pântano do Sul

ND do Pântano do Sul
A LUTA PELO PARQUE CONTINUA!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Veja em NOTÍCIAS

Leia em Notícias : estudos analisam a poluição do aquífero mexicano- revista Environmental Pollution  afirma que os aquíferos da Península de Yucatán estão contaminados com resíduos de medicamentos, narcóticos (como cocaína), pesticidas e outros produtos químicos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

E eles ainda querem construir sobre a área inundável da planície do Pântano do Sul? O que você pensa a respeito?

Aqueles que ganham com a venda de terrenos em áreas inundáveis, que retificam o curso de rios para aumentar territórios de ocupação e que passam por cima das leis da natureza, via de regra não permanecem nos locais afetados...
A resposta é sempre a mesma. Os empreendimentos imobiliários ganham com a ocupação e quem paga o pato é a população local...
Apenas, que desta vez, ainda...as terras não foram ocupadas. Sim, falo da nossa planície aqui do Pântano do Sul.
Não são poucos os alertas de que se a área for construída, além de perdermos a beleza natural da planície e colocarmos um fim na rica fauna e flora, muita gente acabará ficando sob as águas nas épocas de chuva.

Leiam o artigo sobre as inundações em São Paulo! Vale a pena! Qualquer semelhança é devaneio de ekoxato!

Pela criação do Parque Natural na planície do Pântano do Sul!

Raquel Macruz

170 anos de projetos contra enchentes em SP

Em 1963, a Câmara Municipal montou uma CPI para apontar as falhas das obras contra as inundações, que remontam a 1841. A leitura do trabalho joga luz em um problema histórico - as causas das cheias, os danos e as promessas são sempre os mesmos
Rodrigo Brancatelli - O Estado de S.Paulo – 07.02.11
Com seus óculos de aros bem grossos e feições um tanto rechonchudas, Francisco Prestes Maia foi interrogado às 10 horas do dia 19 de fevereiro de 1963 para explicar o inexplicável. Por que, depois de tantas promessas, projetos e obras, São Paulo continuava alagando pelas margens do Rio Tietê? A resposta do prefeito faz parte de um relatório de 145 páginas da CPI das Enchentes da Câmara Municipal, que mesmo com seus papéis amarelados ainda hoje pode ser considerado um dos mais extensos trabalhos para entender a ineficácia de muitas políticas públicas frente às inundações paulistanas.
Arquivo/AE - 1962
Enchentes provocadas pelo Tietê, em 1962
"As enchentes são históricas, verificadas desde os primeiros tempos de colônia. Anualmente, o espetáculo se repetia em toda a extensão da grande várzea; deixando em seu leito normal, o rio ocupava a planície ribeirinha, transformando essa porção da cidade em vasta e malcheirosa lagoa." A frase, que poderia muito bem ter sido publicada nas páginas deste jornal nas últimas semanas, foi escrita no relatório de 1963 pelo então presidente da Comissão Especial da Câmara, o vereador Figueiredo Ferraz.
O trabalho de Ferraz e de outros seis vereadores no relatório de 1963 foi tentar descobrir os motivos de as obras de retificação dos Rios Tamanduateí e Tietê não surtirem os efeitos esperados. Não há respostas satisfatórias, diga-se. Mas a leitura hoje das reuniões da comissão serve para jogar luz em um problema secular, como pode ser visto abaixo - seja na década de 60 ou em 2011, as causas são as mesmas, os danos iguais e as soluções ironicamente idênticas.
Outros relatos também denunciaram, década após década, a precariedade dos rios e governos. E assim como relatos, também outros problemas foram se empilhando e aumentando os efeitos das inundações, transformando as "águas mansas" que encantaram os fundadores de São Paulo em um dos maiores flagelos dos paulistanos.
Ocupação.
A retificação do Tietê encolheu o rio - de 46 quilômetros de extensão entre Osasco, na Grande SP, e a Penha, ele passou a ter 26 km. Assim, uma área de 33 milhões de metros quadrados que eram inundáveis puderam ser urbanizadas.
"É uma grande área a ser aproveitada", diziam os vereadores, queriam incentivar a ocupação das margens do Tietê. "Não é questão apenas de hidráulica e de valorização das terras, deve ser motivo, também, para o aformoseamento da cidade."
A história, no entanto, mostrou que a várzea tem a função de transbordamento; a ocupação dela resulta numa piora nas inundações. Se os vereadores da Câmara de 1963 pudessem ver a São Paulo de hoje, talvez não tivessem a mesma opinião - a saúde do rio foi deixada de lado e a retificação causou problemas de degradação urbana e ambiental cujas soluções são cada vez mais difíceis.
Problema recorrente. Desde 1841, ou há 170 anos, o governo municipal investe em obras para tentar remediar as inundações da região central - o primeiro planejamento de canalização do Tamanduateí deve-se ao engenheiro Carlos Abraão Bresser. Em 1921, foi a vez do prefeito Firminiano Pinto defender a necessidade da canalização do Tietê, desde Guarulhos até a Lapa. "Com 85% das obras concluídas, as inundações continuam a castigar a cidade e sua população, acarretando prejuízos imensuráveis", escreveu o vereador Figueire do Ferraz em seu relatório. "E parece que as inundações aumentam de ano a ano, motivando um justo e revoltado clamor popular."
Autoridade metropolitana. Já em 1963, discutia-se a importância de uma "organização supermunicipal" para lidar com os problemas crescentes da região metropolitana. "Consideraremos melhor a conjugação de esforços, reunidos em uma organização", afirmou Prestes Maia. "Seria uma organização para operar livremente nos municípios e, de maneira imparcial, determinar as obras necessárias.". Até hoje a discussão continua, sem que a autoridade metropolitana tenha sido criada na Grande São Paulo.
Assoreamento. Atualmente, os 70 grandes rios, córregos e galerias que deságuam no Rio Tietê contêm, juntos, pelo menos 364,7 mil toneladas de areia e lixo acumulados nos leitos. Com as últimas chuvas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) definiu como medida urgente a retirada desses 4,2 milhões de metros cúbicos em detritos do Tietê neste ano. Segundo o governo, no ano passado foram retirados apenas 1 milhão de metros cúbicos. Em 1963, de acordo com dados da CPI das Enchentes, o assoreamento era calculado em 120 mil metros cúbicos por ano. "Chegamos à situação de precisar manter uma drenagem permanente de 1,5 milhão de metros cúbicos por ano, tanto quanto é feito pelo Porto de Santos", disse o prefeito Prestes Maia. "Vamos manter cinco dragas e seis escavadeiras para o trabalho. Além dos problemas dos rios, há o dos córregos, bueiros e galerias pluviais, a limpeza foi desleixada durante várias administrações."
Problema sem fim. Durante o seu depoimento na CPI das Enchentes, o prefeito Francisco Prestes Maia já chamava a atenção para a urbanização desenfreada da Grande São Paulo. "Há um fator de inundações quase irremediável, a urbanização crescente do alto Tietê e do ABC", disse. "São feitos arruamentos, terraplenagens, cortes de matas, aterro das várzeas e, por conseqüência, desaparecem aqueles bolsões que retinham as águas. Isso cria situações trágicas para a capital", afirmou o prefeito. O próprio Prestes Maia define perfeitamente a relação dos paulistanos com os rios da cidade. "É o próprio homem que provoca e que age contra o rio, é o homem que lhe faz violência, que lhe estreita o leito e retira os reservatórios que ele naturalmente fizera", disse ele aos vereadores da CPI. "Estamos a dançar o minueto: dois passos para frente e dois passos para trás", disse Prestes Maia.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Documento pede criação de parques- Norte da ilha

9 de fevereiro de 2011 | N° 9076

NORTE DA ILHA

Um documento com mais de 2 mil assinaturas pedindo a criação de dois parques municipais na região do Norte da Ilha foi entregue, ontem, ao presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis e à Comissão do Meio Ambiente.


Os projetos de lei dos parques estão tramitando na casa desde 2007 e dependem da aprovação da comissão para irem a plenário. Eles preveem a criação do Parque Natural Municipal das Dunas de Ingleses e Santinho e o Parque Natural Municipal de Ingleses e Cachoeira.

A entrega dos projetos acontecerá em uma reunião na Câmara dos Vereadores com lideranças locais, entre elas, representantes do Conselho Comunitário dos Ingleses, Conselho de Segurança dos Ingleses, Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses, Núcleo Distrital do Plano Diretor e Movimento S.O.S Capivari.

Segundo Lise Torok, secretária do Conselho Comunitário de Ingleses, a Câmara alegou que não seria de sua competência a criação dos parques.

– Nós temos um documento que cita várias leis municipais garantindo a criação de unidades de conservação pela Câmara – rebate Lise.

O projeto Parque Natural Municipal de Ingleses e Cachoeira abrange as Áreas de Preservação Permanente (APPs) entre a Praia Brava e a SC-403. Já o Parque Natural Municipal das Dunas de Ingleses e Santinho vai de uma praia a outra, incluindo a Lagoa do Jacaré.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Alô alô pessoal!!!

Aí vai a chamada para engrossar o caldo da turma do norte da ilha na batalha pela criação de dois parques naquela região!!!!!
Terça-feira, dia 8 de fevereiro de 2011 às 18h na Câmara Municipal de Florianópolis!

Pela criação dos Parques Naturais - Dunas de Ingleses e Santinho e Ingleses e Cachoeira

Prezados Senhores,

     Cerca de 2000 assinaturas solicitando a criação de dois Parques Municipais na região de Ingleses serão entregues por moradores na próxima terça feira, 8/02, às 18 horas, aos Vereadores na Câmara Municipal de Florianópolis. Os projetos de Lei que criam o Parque Natural Municipal das Dunas de Ingleses e Santinho, e o Parque Natural Municipal de Ingleses e Cachoeira estão tramitando nesta casa Legislativa desde 2007.

       Apoio: Conselho Comunitário de Ingleses (CCI), CONSEG Ingleses, Associação de Moradores do Capivari dos Ingleses (AMORCAP), FEEC (Federação das Entidades Ecologiatas Catarinense), UFECO (União Florianopolitana das Entidades Comunitárias), entre outras entidades.

Contato Lise Torok - 9959-6659  Conselho Comunitário de Ingleses

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Novo espaço do Blog: EU VI!

Depoimentos - fauna da planície

Foram vários os emails e comentários que recebemos de pessoas que não sabiam ou não haviam se dado conta da existência de tamanha variedade de vida animal aqui na planície!
Assim, além das fotos publicadas no blog, abrimos agora o espaço para depoimentos daqueles que tem avistado nossos bichos:

Pedimos que os depoimentos venham acompanhados de data , local e nome!!!

Raquel Macruz

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A área do Parque Natural - como terras comunais acabaram caindo em mãos de particulares?

A História Fundiária - terras comunais até os anos 70.
  

 O Parque Natural do Pântano do Sul que pleiteamos,  repõe para usufruto público uma grande área de antigas “terras comunais”, conforme atestam várias fontes históricas e testemunhos ainda vivos, antigos moradores da região. O processo de apropriação privada destas terras, dentre as quais as três maiores propriedades, começou com a titulação de proprietários executada pelo antigo IRASC- Instituto de Reforma Agrária de Santa Catarina, em fins da década de 60. 

Mata Atlântica tem 80% de sua área em terras privadas, mostra estudo

05 de fevereiro de 2011 | 0h 00

Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo

Mais ameaçado dos biomas brasileiros, 80% dos remanescentes da Mata Atlântica estão concentrados nas mãos de proprietários privados, o que torna o bioma mais suscetível a desmatamentos - principalmente se for adiante a proposta de alteração do Código Florestal, que tramita no Congresso Nacional.
Há no País pelo menos 17 milhões de hectares que descumprem as premissas do atual Código Florestal e podem ser recuperados. São áreas de preservação permanente (APPs), como margens de rios e topos de morros e de reserva legal nas propriedades agrícolas. Caso seja reduzida a área destinada à proteção permanente, como prevê a proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o País não cumprirá os compromissos internacionais firmados em outubro na Convenção de Biodiversidade da ONU, realizada em Nagoya, no Japão.
É o que mostra o estudo Convenção sobre Biodiversidade Biológica - Metas 2010 Mata Atlântica, elaborado pela ONG WWF-Brasil e o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e apresentado ontem, em São Paulo.
"O principal desafio hoje para a recuperação da Mata Atlântica é reverter a proposta de mudança no Código Florestal. Se isso ocorrer, como querem entidades ligadas ao agronegócio, não cumpriremos a meta firmada em Nagoya de proteger 17% do bioma até 2020", afirma Cláudio Maretti, superintendente de conservação do WWF-Brasil.
Ele explica que na situação atual o País já não cumpriria o acordo, pois o bioma está restrito a 7,9% da cobertura original, num total de 102 mil km². Quando o Brasil foi descoberto, em 1500, a Mata Atlântica cobria nada menos que 1,3 milhão de km², em toda a sua extensão. O bioma é importante também por abrigar 65% das espécies ameaçadas de extinção no Brasil - muitas são endêmicas, ou seja, só existem no bioma.
Reservas privadas. Para o WWF-Brasil, uma das maneiras de aumentar a proteção do bioma é estimular a criação de unidades de conservação em áreas privadas. Hoje existem 627 reservas privadas (RPPNs) de Mata Atlântica em todo o País, que protegem 0,1% do bioma. Parques nacionais e estaduais somam apenas 2,3% da área protegida da Mata Atlântica.
"Os proprietários privados são fundamentais para se resguardar o que resta da floresta. Mas praticamente não existe política pública para incentivar a criação de reservas particulares", diz Luciana Simões, coordenadora do Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil. Ela também defende o uso de ferramentas econômicas para estimular a preservação, como o pagamento a agricultores que preservarem seus remanescentes de floresta.
Só em São Paulo, existem73 mil hectares de remanescentes de Mata Atlântica que podem ser transformados em áreas de proteção. Segundo Clayton Ferreira Lino, presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, há no Estado áreas ainda intocadas do bioma.
É o caso da mata que abriga as nascentes do Rio Paranapanema, na região de Capão Bonito, no sudeste do Estado. "É uma área bastante preservada, que abriga nascentes e espécies ameaçadas de extinção, como o cachorro-vinagre. Também há um casal de onças-pintadas vivendo lá", diz.
Lino explica que a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica é hoje a maior dentre todas as 564 Reservas da Biosfera reconhecidas pela Unesco em 109 países. "A Mata Atlântica está entre as 35 áreas prioritárias do mundo."
Outro levantamento divulgado nesta semana, pela ONG Conservação Internacional, apontou a Mata Atlântica como o quinto mais ameaçado do mundo, atrás apenas de florestas localizadas na Nova Zelândia, Indonésia, Malásia e Filipinas.